Diário Gamer

Só pra contextualizar, eu não conheço nada de Dungeons and Dragons, eu não jogo RPG de mesa e não sei jogar, nem sei direito o que é ou como funciona, ou melhor, não sabia até conhecer Baldurs Gate. Meu primo tinha um jogo medieval de tabuleiro que era bem divertido, eu não tenho certeza se era um RPG, isso foi há muito tempo, eu não lembro direito.

Baldurs Gate é bom demais, pronto, eu já podia parar por aqui. Eu parei Lies of P no meio porque eu só queria jogar isso, passei o mês de outubro inteiro jogando apenas Baldurs Gate, eu não conseguia parar, e agora que eu finalmente terminei o game, três vezes, finalmente posso escrever sobre ele.

Eu não tinha intenção nenhuma de jogar, na verdade eu nem sabia desse game, eu sabia que ia lançar um tal de Baldurs Gate, mas era só isso, eu nem ia comprar, foi indicação de um amigo, muito obrigado André.

A história do game não me pegou muito, é uma fantasia medieval com seus próprios deuses, crenças, raças e culturas. Nosso dever é salvar o mundo da entidade maligna ou não, nós podemos ser o mal, acho que foi aí que eu gostei, não precisamos seguir um script, a história se molda conforme jogamos. Somos inseridos num mundo em que nossas ações têm consequências, por mais que não seja uma história super elaborada e cheia de plots é muito divertida porque não é linear.

Eu fui um guerreiro herói, não consigo ser vilão, é mais forte do que eu, também não gosto de jogar com magos, meu time era composto por Shadowheart (Umbralma) a clériga, Astarion o ladino, Wyll o bruxo e eu, o maior guerreiro de Faerun, e só pra deixar claro, Wyll é um bruxo e não um mago, ele sumona armas e cai na porrada como todo mundo, o Astarion é um verme que se esconde e ataca pelas costas mesmo, o personagem que mais amei odiar e por algum motivo ele tá sempre no meu grupo, sempre jogo com ele.

Acho que terminei o game 3 vezes, uma vez sozinho e as outras com amigos. Gostei muito mais de jogar com amigos, apesar de perder as quests dos personagens principais, cada um com seu personagem fazendo várias merdas pelo mundo, roubando dinheiro e armas uns dos outros, tentando entrar num consenso para fazer a melhor escolha.

Eu sou muito fã de RPG, games do gênero RPG como Final Fantasy, Dragon Quest, Dark Souls, The Witcher não, o combate é muito ruim. Gosto muito de pensar em builds e formas de deixar meu personagem o mais forte possível, ir atrás de itens lendários, pensar em formas de enfrentar um inimigo muito forte.

Dito isso, eu nunca joguei RPG de mesa, Baldur’s Gate é o mais próximo de um verdadeiro RPG em um vídeo game, talvez por isso tenha ficado fora do meu radar ,mas eu joguei Badurs Gate, que game espetacular, é disparado o melhor game que joguei esse ano, uma grata surpresa e merece muito levar o Game of the Year de 2023.

Fui corrompido, acabei criando um vilão,foi difícil fazer o mal, mas eu estava curioso, queria saber o destino de um arqueiro sombrio que só queria poder. Gostei demais, chega de heróis, descobri minha verdadeira natureza.

Isso não é uma análise, eu não fiz todas as quests nem todos os finais, mas eu me diverti muito com esse game, aprendi que experimentar algo novo, diferente, pode ser muito bom, surpreendente e essa foi minha jornada com Baldur's Gate 3.