Diário Gamer

Demorei muito pra terminar o game, fiz algumas pausas no meio depois voltei, ocorreram imprevistos e tá tudo bem, essas coisas acontecem. Mas hoje, dia 24 de novembro de 2023, eu terminei, e cara, valeu muito a pena. Após muitas horas de gameplay, leitura de emails e documentos, me sinto à vontade para escrever sobre o game, foi uma longa caminhada.

Depois de uma cena razoavelmente longa o game começa e a primeira conclusão é que o game é muito bonito, as expressões dos personagens e o mundo à nossa volta, dá até pra sentir o sabor delicioso daquela larva. Então começa a gameplay, começamos a andar muito, daí andamos, andamos e andamos. Mas não é só andar, precisamos fazer entregas, ir do ponto A ao ponto B, a forma como vamos de um ponto a outro é o que define o gameplay, quais ferramentas vamos utilizar, se vamos construir algo para ajudar no caminho e é importante fazer essas coisas porque o game não é só ir pra frente, diversas vezes precisamos voltar para concluir entregas, tudo que fizemos antes para facilitar o trajeto ajuda, desde colocar uma escada, uma corda de escalada até construir uma estrada, uma ponte para passar com um veículo.

Existe a chance de você encontrar construções e ferramentas deixadas por outros jogadores, é uma das bases de Death Stranding, a conexão. O game te mostra a importância de ajudar uns aos outros, de construir conexões de uma forma literal mesmo, os jogadores trabalham juntos para chegar ao final do game e não uns contra os outros como a grande maioria dos games.

Existem veículos no game, só demora um pouco para desbloquear, também temos combate e um arsenal bacana de armas, não letais e letais. Nossa missão como Sam Porter Bridges é reconectar o país, basicamente puxar um cabo de rede de uma ponta à outra, mas é óbvio que não é um cabo de rede, é um dispositivo tecnológico super avançado. Precisamos conectar as pessoas desse mundo para que elas possam ajudar umas às outras, todos estão isolados em bunkers e é perigoso sair por causa das EPs, os monstros do game. Sam é um dos corajosos que se atrevem a sair para fazer entregas e também tem um bebê, mas isso aqui já tá ficando gigante e se eu for explicar tudo do game vou precisar escrever um livro. Explicando rapidinho os bebês, eles ajudam a detectar EPs e consequentemente, evitá-los, ou não, você também pode meter bala neles, mas isso consome sangue do Sam porque as balas são criadas com o sangue dele e, o ideal é evitar confronto, não briguem. O ponto é que recursos são escassos então é melhor evitar.

Aqui já deu pra entender que Death Stranding é completamente diferente de todos os outros games, um game que nem todo mundo vai gostar e tá tudo bem, mas se puder dar uma chance e tentar assim mesmo, você pode se surpreender. O que mais me prendeu com certeza foi a história que é estranha, confusa, nos padrões Kojima, mas quando você entende, as coisas começam a fazer sentido. Da metade do game em diante as coisas começam a ser reveladas, informações importantes sobre a trama, os personagens e as peças começam a se encaixar. É tudo muito doido, mas faz sentido, você só precisa prestar atenção nos detalhes.

As missões secundárias do game são mais entregas, trocentas delas e a recompensa são recursos. Eu fiz boa parte delas e posso dizer que valeu a pena porque ajuda no ir e vir, toda hora precisamos voltar em pontos que já passamos, com os recursos que consegui eu construí estradas, elas ajudam demais no decorrer do game, mas precisam de muitos recursos para serem construídas, o ideal é fazer algumas secundárias, juntar recursos para estradas, pontes, etc e depois prosseguir para uma próxima área. Também dá pra fazer só as principais, mas você vai sofrer muito no caminho com as EPs. Tem uma secundária que um desgraçado te pede para entregar uma pizza, uma pizza no meio da extinção mundial, mas tem um detalhe nessa missão que só quem leu os e-mails entendeu, fica a dica.

A trilha sonora desse game é surreal, eu queria destacar BB's Theme que toca ali no finalzinho enquanto ainda estamos jogando. Dá uma sensação tão boa quando ela começa a tocar, uma segurança, a ideia de dever cumprido, parece que finalmente chegamos ao fim de uma longa caminhada, eu não sei explicar, só jogando mesmo pra saber.

Jogar Death Stranding foi uma experiência diferente e confesso que pensei em parar de jogar algumas vezes, mas ainda bem que não fiz isso, a história do game é muito boa e vale muito a pena ver a conclusão dela.

Isso não é uma análise, levei umas 50 horas para terminar o game, não peguei a platina nem construí tudo que era possível, fiz o suficiente para chegar ao final do game e, essa foi a minha jornada com Death Stranding. Sua sequência foi anunciada e com certeza eu vou jogar.